domingo, 2 de agosto de 2009

As escuras...



E era lá, em frente ao mar, encostada naquela pedra do Arpoador onde tudo acontecia, meu encontro às escuras, escondido de tudo e todos... Lá era onde eu me encontrava com minha amada mais fiel, aquela que me acolhia em seus braços e tomava minhas dores em seus beijos repletos de parenteses, onde sempre cabiam mais carinho... Minha amiga de todas horas, aquela que me faz ver as coisas como são, sem máscaras e aconselha cheia de vírgulas porque em nossa relação não há espaço pra pontos finais... Minha amante, a única que me saciava lasciva e mansa, que me amava e odiava, batia como forma de carinho, aquela que me tocava o corpo gemendo acentos graves de intensidade, num suor imundado de exclamações... A minha maior interrogação... Ela, sempre ela, que em noites insones, se reproduzia em um pedaço de papel com uma caneta vadia... A palavra.


4 comentários:

Anônimo disse...

"Palavra, simples como qualquer palavra". Nada melhor do que elas para expressar, definir e virar do avesso qualquer coisa que tentamos traduzir...

Pimmy disse...

Nhain cunhada mandou bem *-* muito bonito mesmo o que você escreveu...todo mundo tem uma veia de escritor e a sua esta em total sintonia com você...Ta lindo mesmo viu! muito lindo!

Carla Oliveira disse...

Tinha sumido, twin. :/ como vão as coisas? :]

Eu, que não sou Chico disse...

Ai! Deu vergonha!